This is the end.
Este blog está oficialmente encerrado.
O que é que é esta merda a que chamamos vida? Para que é que serve? Para vivê-la? E como é que se faz isso? Como? Acorda-se de manhã. salta-se da cama, e dizemos para nós mesmos, hoje vou viver a vida, nem que seja a coisa mais estupida do mundo, vou vivê-la? Pois, na minha singela opinião todas essas conversas que dizem que temos que apoveitar o dia e a vida, pois não tarda nada estamos a esticar o pernil não passam de um monte de tretas debitadas por palhaços que por não terem nenhuma preocupação na vida, além de estoirarem a merda do dinheiro que lhes sai por todos os orificios do corpo, entretém-se com ditos estupidos como esses que não se aplicam á grande maioria da população mundial. Aliás, as cavalgaduras que dizem essas barbaridades, haviam de passar um dia em Guantanamo, ou então haviam de lhes enfiar um ferro em brasa pelo cu acima. Depois, aí, gostava de vêr se ainda continuavam a dizer que a vida é a puta da loucura, pois se ainda fossem dessa opinião, obrigava-os a comer um bidon de merda. Nessa altura, já se poderiam juntar ao comum dos mortais e dizêr que a vida não vale um peido, que quando um gajo até está com alguma razão para dizer bem da vida, lá vem a puta da vida e os seus insondáveis caminhos para nos mostrar que, alto lá, a coisa não é bem assim, que isto é para um gajo estar atolado na merda, só com a cabeça de fora e isso é se fores um felizardo do caraças, porque se fores um gajo normal, tens os cornos todos submergidos na asquerosa substância denominada de merda. Enfim, há coisas piores, dirão vocês aí, atoladas na merdanca, há sempre a morte, mas a morte ao menos, e isto já sou eu a responder, apesar de cheirar mal, a gente não a sente nem sequer a cheira, porque bem, no estado em que está, não sente rigorosamente nada. E ao menos sempre serve para alguma coisa, além de ser maltratado, gozado, vilipendiado, ridicularizado e achocalhado e serve como um belo repasto para os vermes. Em jeito de remate final, não liguem, são alarvidades de quem já está farto disto tudo.
Hoje é dia de festa aqui na tasca, pois comemora-se o segundo aniversário de vida deste espaço, que como qualquer tasca que se preze, está vetado ao obscurantismo no meio do gigantesco ciberespaço. Dois anos de nenhuma conquista, mas muita posca de pescada, a especialidade da casa. Ultimamente, há que admiti-lo, a linha gastronómica desta casa de repasto tem vindo a decair, em virtude do tasqueiro se sentir desinspirado e sem vontade de servir os petiscos habituais.
Este homem faz parte do restrito grupo de pessoas cuja carreira é inversamente proporcional á sua qualidade como profissional. À medida que vai subindo degraus como treinador(Daqui a uns tempos não me espanta que esteja a treinar o Benfica), vai enterrando e desbaratando a uma velocidade estonteante duas gerações de futebolistas portugueses de grande talento. A pergunta que se impõe fazer aqui é a seguinte. Como é que um medíocre como estes chega onde chega? Concerteza que terá um bom padrinho para lhe amparar os coelhos da cartola que tira da sua imensa sabedoria profissional. Destaco ai, os três trincos com que armou a equipa titular de sub-21 contra a Holanda.
O triste é que Couceiro reflecte a pobre qualidade dos nossos treinadores, que apesar de se irem espalhando cada vez mais por esse globo, vão parar a sitios remotos e onde a bola ainda é quadrada, como o Vietname, as Ilhas Maldivas, a Arábia Saudita e outros grandes potentados do futebol mundial....
O meu fim de semana foi, no minimo sui géneris. No entanto, o que me aconteceu reflecte, em parte a cultura vigente neste país. Fui, todo lambeiro, no sábado, até ao Algarve, para trabalhar num hotel. Chego a Albufeira e pergunto pelo nome do hotel. Ninguém sabia. Primeiro mau sinal. Telefono ao " Herr Direktor " a pedir instruções e lá consegui dar com aquilo e o aspecto por fora não foi nada animador. Segundo mau sinal. Entrei tinha logo depois da porta, uma grande escadaria, própria para partir pescoços a turistas mais incautos. Pergunto á recepcionista pelo " Herr Direktor" ao que ela me convida para esperar no sofá. Escusado será que o lobby de entrada mais parecia uma sala de espera de um consultório médico do que outra coisa qualquer. Tive, sem exagero, mais de vinte minutos á espera e não é que o homem tivesse muito ocupado, pois o " gabinete" do " Herr Direktor" estava com a porta aberta e via-se que o homem não estava particularmente atarefado e fez-me esperar, só porque é o "Herr Direktor". Lá me chama, cumprimento-o com um bacalhau, faz-me algumas perguntas estupidas, como sempre é apanágio nestas ocasiões e diz-me que o salário era de 420 euros. Terei ouvido bem, não era de 520 Euros, pergunto-me incrédulo. Terceiro mau sina. Engulo o orgulho e faço o Grand Tour ao hotel. O " Herr Direktor" mostra-me a piscina, ou antes, o tanque onde as bifas podem ir refrescar de quando em vez a vermelhidão das suas peles assadas. o resto do hotel parecia mais um condominio de apartamentos barato situado num qualquer arrabalde de uma grande cidade. Orgulhoso, mostra-me o jardim, que na sua opinião, era " a melhor parte do hotel". A mim, mais me parecia um ajuntamento errático de plantas, ideal para a prosperação das colónias de mosquitos. O Grand Tour teve que sêr interrompido porque um dos clientes se cortou numa das "armadilhas" plantadas na casa de banho e o " Herr Direktor ", teve que dispender todas as suas energias com o assunto, deixando-me ali plantado e especado sem saber o que fazer. Lá me deu a chave do quarto, o 103, número que me ficará para sempre na memória. O quarto, á primeira vista, parecia normal, mas um olhar mais aprofundado e um uso mais corrento do mesmo viria a retirar-me essa ideia, até ao momento a mais positiva. Um ponto a favor era que tinha TVCabo, mas a cama tinha um colchão mais rijo que os cornos de um touro e os lençois eram mais finos que uma folha de papel e um bocado para o curtos também. Digamos que, tive frio, no Algarve, em pleno verão e dizendo isso, acho que digo quase tudo. A casa de Banho, além de não ter espelho e parecer ter saido de um sanatório, não tinha água quente, mas sim morna. Tudo isto foi o quarto mau sinal. O quinto veio no meu dia de formação. Cheguei ás dez da manhã para a fazer e o " Herr Direktor " cagou para mim, claro. Esqueci-me de dizer que este, teria a minha idade e tirou um curso num politécnico qualquer em Gaia, mas toda a gente o tinha que tratar por Senhor Director. O que me valeu, foi a unica pessoa simpática que conheci no fim-de-semana, a recepcionista que estava de serviço naquela manhã, que me explicou as coisas a fazer, coisas que aliás, até um cego sem braços conseguiria desempenhar. Ainda assim o "Herr Direktor", guardava para si a escolha dos quartos, coisa que fazia brilhantemente, deixando aos recepcionistas a cara de pau para levar com as queixas dos clientes, coisa que aliás foi abundante nas seis horas que passei na recepção. Sai ás quatro e a pessoa que rendeu a unica simpática era extremamente antipática, dando-me de pronto a entender que eu ali era igual a um cão e que por isso teria que ser tratado como tal. Fui até á praia um bocado, mas nem fui á água de tão fria que estava. O resto do tempo até adormecer estive a remoer com os meus botões as razões que tinha para continuar ali. Cerca das onze da noite, a respsta foi bastante óbvia. Ala dali para fora.