Os marroquinos
A tasca aventura-se pelos meandros da memória futebolistica, tal como Hassan Nader se aventurava nas grandes áreas adversárias nas gloriosas tardes farenses no Estádio de São Luis. Outrora uma presença habitual no principal campeonato de futebol, o Sport Clube Farense, bastião máximo do desporto rei allgarvio, brindou-nos com grandes craques que pisavam a relva amarelada do estádio de São Luis.
Como o povo diz, dos fracos não reza a história, mas o Farense, comandado pela rouquidão potente do catalão Paco Fortes era tudo menos fraco. À cabeça do couraçado algarvio, dois subditos do rei marroquino indicaam o caminho certo para o fundo das redes das balizas contrárias. O tandem Hajry-Hassan Nader, era composto por duas concepções de jogo diferentes, mas que se complementavam numa perfeita simbiose dentro das quatro linhas. Hajry, mais cerebral e posicional, era o verdadeiro dez que servia, um musculado e sempre perigoso Hassan. Foram anos de glória, no minusculo São Luis, que culminaram com uma presença na Taça Uefa, que terminou ás expensas do Olimpique de Lyon.
A queda do Farense, na intrincada balburdia financeira do futebol nacional, coincidiu com o abandono destes dois marroquinos. Primeiro Hajry e mais tarde Hassan, verdadeiros embaixadores do saber futebolistico de terras mais sul, deixaram para sempre a sua marca nos corações dos saudosistas adeptos farenses, que recordam no desproporcionado Estádio do Algarve, os tempos felizes passados no decrépito Estádio de São Luis
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