Sunday, June 11, 2006

Pega lá bolacha

Quando eu penso que já vi tudo, eis senão quando algo de extraordinário e insólito decorre diante dos meus olhos que a terra um dia há-de comer.
Estava eu e mais algumas pessoas no café do Sr. Gomes, tranquilamente a emborcar as caipirinhas que o Zé Brasileiro estava a preparar, quando os preliminares de um espectáculo de pancadaria começaram a decorrer. Numa mesa da esplanada, estavam três individuos, dois homens e uma mulher. A placidez do seu convivio foi interrompida pelo arremesso do fino de um dos homens para cima da mulher. Esta, não se fez rogada e retribuiu o gesto ao camóne. Posto isto, a mulher abandonou a mesa a vociferar contra o arremessador de finos, enquanto que os dois homens começam a medir forças num jogo de palavras um bocado mais aceso. O teor das conversas é me totalmente incógnito uma vez que nós estávamos dentro do café, e eles cá fora, mas através do vidro conseguiamos ver toda a acção.
O jogo de palavras azedou de tal forma, que os dois levantaram-se e começaram a distribuir fruta um sobre o outro como senão houvesse amanhã. No fragor da peleia, um dos intervenientes, o que tinha rabo de cavalo, leva um empurrão mais forte que o leva a desequilibrar-se e a bater com toda a força na esquina do respiradouro saliente feito de pedra. Meio atordoado levanta-se, agarra numa das cadeiras da esplanada e preparava-se para a arremessae quando o Sr. Gomes o agarra e o impede. Ainda houve mais algumas escaramuças, mas tudo acabou em bem, tendo no fim os dois homens saído juntos do local da bergalhada a conversar, provavelmente sobre os dotes de luta de cada um.

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