Tuesday, December 05, 2006

Clubes do Futebol Português- Benfica

Inauguro nesta tasca, uma nova rubrica que se apelida, os Clubes do Futebol Português.
Sport Lisboa e Benfica
Outros nomes: Benfas, SLB, Benfica, Benfalhão, Benfuica, Encarnados, As Àguias
31 vezes campeão nacional de futebol, 24 taças de Portugal, 3 supertaças, 3 campeonatos de Portugal, 10 campeonatos de Lisboa, 2 Taças dos Campeões Europeus, 1 Taça Latina e 1 Taça Ibérica. È com estes números impressionantes de conquistas que se apresenta o Sport Lisboa e Benfica. Este clube tem a particularidade de ser imenso, gigantesco mesmo para o pais em que joga. Se se diz que há seis milhões de Benfiquistas dentro das fronteiras de um pais de dez milhões de pessoas, esse numero aumenta ainda mais, se lhe juntarmos os emigrantes, noventa por cento deles do Benfica. O seu carácter magnânimo, estende-se aos adeptos dos clubes rivais que festejam com o mesmo entusiasmo, uma derrota do Benfica, como uma vitória do seu clube.
Talvez pela su dimensão desproporcional, os seus adeptos são muitas vezes, levados a cair no exagero e porque não dizê-lo, no ridiculo, ao idolatrarem jogadores perfeitamente banais. Como reflexo do meio socio-cultural onde se insere, o clube carrega consigo uma permanente aura de sebastianismo, que se repercute no possivel regresso, do Novo Eusébio, numa manhã de nevoeiro. Todos os jogadores que por lá passam na actualidade carregam nas costas o peso de tantas vitórias passadas. Isso leva a que a maioria sucumba á pressão e queime definitivamente a sua carreira.
Devido a que a maioria dos seus adeptos, pertencerem a classes menos letradas da população ( o chamado Zé Povinho), que são ludibriados por candidatos populistas, com frases cahvão como, um escudo é um escudo, um Benfica á Benfica, Quero ter a Espinha Dorsal da Selecção Portuguesa, o rumo tomado tem sido o do fracasso. Nunca na sua gloriosa história o SLB esteve onze anos sem ganhar o campeonato. Na Europa aconteceu o impensável ao sair vergado com uma goleada de sete a zero do Celta de Vigo. O clube esteve dois anos sem ir ás competições europeias e num desses anos terminou num impensável sexto lugar. Um dos seus ex-presidentes foi preso, o outro era um bêbado e o numero dois actual está envolvido num caso de corrupção.
Mas a tempestade começou a acalmar com a vitória no campeonato há dois anos, e a boa prestação na Liga dos Campeões da época passada. O Clube parece querer retomar alguma da grandeza a que nos habituou. Se para alguma coisa serviram estes ultimos onze anos foi para dar um banho de humildade a este clube, tão atreito a devaneios de grandeza que já não possui. O presidente actual não augura nada de novo nesse capitulo, saindo-se muitas vezes com pérolas que fazem relembrar ilusões parvas incutidas no passado. Pode-se dizer que o clube tem quase tudo para se reerguer dos escombros dos ultimos onze anos. Tem um bom plantel, um novo estadio moderno e funcional, e uma direcção que por muitas criticas que se possa fazer conseguiu fazer aquilo que parecia impossivel. Ganhar titulos outra vez.
Durante o buraco negro que foram os onze anos a seco, desfilaram pelo relvado da Luz autênticos atentados contra a arte de bem jogar futebol. Desde o paraguaio Rojas, ao lateral marroquino El Hadrioui, aos Big Balls do Michael Thomas, á colónia inglesa, ao Artur Jorge, ao Calado e ao Melão, ao Tahar, ao Souness, ao Gondomar, ao Uribe, ao bigode do Valdir, ao Nelo e ao Tavares, ao Dudic, ao Tamagochi, ao Rushfeldt, que se cagou todo, ao Vale e Azevedo, ao João Malheiro, ás axilas do Camacho, ao Paulo Madeira, versão trunfa gigante, ao Cota Chano, ao Bombeiro Mario Wilson, ao Hassan e Mauro Airez, ao Martin Pringle, ao Mourinho, ao Van Hoijdonck, ao Mantorras perna de pau, ao Porfirio, ao Paulo Almeida, ao Okunowo, ao Prof. Neca. A todos eles um muito obrigado, pelos bons momentos que nos ofereceram.

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