Thursday, November 23, 2006

Encolhe a barriga e estica o peito

Estou cem por cento ao lado dos militares. Coitados, agora já não podem passear, desfardados e sem armas, aos magotes, em plena Lisboa? Onde é que isto já se viu. Não é manifestação nenhuma. E o facto insólito do militar que leu aquele comunicado em pleno prime time, não pode ser considerado forma de protesto. Ou será que pode?
Depois da Revolução dos Cravos, chegou a hora da Revolução dos Passeios. A minha solidariedade está toda para com as nossas forças armadas. Se até os putos acnentos do Secundário fazem greves, porque é que os militares não podem passear, beber umas bejecas e mandar umas larachas em surdina contra o governo? È assim, mesmo pá. Devia ser obrigatório mandar umas salvas de tiros para o ar, só para fazerem mais barulho.

Dia de greve de um militar

7:00- Levanta-se e faz as merdas todas que um civil faz quando se levanta para ir trabalhar.
8:30- Como é dia de greve, não vai á formatura. Liga a televisão e põe-se a vêr a Praça da Alegria, desejando que a sua namorada fosse como a Sónia Araújo.
12:30- Depois de bater uma sueca, vai até á messe, vêr a mistela que há para o almoço.
12:35-Constata que também os funcionários da messe fizeram greve. Desfarda-se e dirige-se ao Mcdonald´s mais próximo para comer qualquer coisa.
14:00-Vai passear para um sitio previamente conbinado, com milhares de colegas de profissão.
15:00-Casualmente encontra os milhares de camaradas de armas no passeio e decidem passear todos juntos.
19:00-Depois de ouvir milhares de histórias sobre o Ultramar a Bósnia e o Kosovo, decide regressar ao quartel.
21:00- Deita-se extenuado, depois do longo e duro passeio.

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