Friday, May 19, 2006

Pão com Manteiga

Há alturas, nas nossas vidas em que pensamos que já vimos tudo, que já sabemos tudo e que o futuro não nos reserva qualquer surpresa. Pois bem, ontem á noite, este estado de alma foi fortemente contrariado. È um facto que não tenho saido muito aqui em Lisboa, mas ontem decidi mandar as responsabilidades laborais ás urtigas e embrenhei-me numa festa académica á La Lisbonne.
Se há coisa que se pode dizer bem desta cidade é que tem tudo e em grandes quantidades. A festa, um arraial de farmácia, estava pejada de cona e da boa. Os preços das bebidas eram convidativos a emborcar grandes quantidades de alcool e, como cereja no topo do bolo, ainda ofereciam sardinhas.
Mas, sem entrar em decrições monótonas, vou directo á causa da minha estupefacção. Há uma expressão que é amiude repetida entre algumas pessoas, nas quais eu me incluo, que tem aplicação para quase todas as vertentes da vida. Essa expressão é o Pão com Manteiga. Pois, qual não é o nosso espanto, quando sobem ao palco do dito arraial, uma banda chamada Pão com Manteiga. È óbvio que o estado alcoolizado em que nos encontrávamos deu asas a uma fartura de risos sobre a situação, mas o melhor estava guardado para o final da actuação. Um dos elementos do nosso grupo subiu ao palco com um pão e uma sardinha para oferecer a um dos elementos da banda, isto em plena actuação musical. seguidamente eu e outro elemento subimos ao palco e começámos a dançar desconchavadamente, fruto do estado de embriaguez evidente. Poucos segundos passaram quando outros individuos trajados invadiram a "casa" dos Pão com Manteiga, juntando-se a nós numa dança que mais parecia um rodopio errático do que outra coisa qualquer.
esta cadeia de acontecimentos aconteceu durante a ultima musica dos Pão com Manteiga. No final, uma mini-multidão composta pelos bêbados em palco foi pedinchar mais tempo de actuação a um dos elementos da banda, um senhor de bigode e cabelo grisalhos, com alguma escassez de dentição, que amavelmente declinou o nosso pedido alegando que já era muito tarde para continuar a tocar.

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