Thursday, December 29, 2005

E viva o velho...

Com estas andanças todas de preparar o fim-de-ano, um gajo até se esquece que é mais um ano que chega ao fim, são mais trezentos e sessenta e cinco dias que passaram na vida de todos nós.
Chega á meia-noite do dia trinta e um de dezembro e todos os seres humanos que habitam este planeta, fazem novos planos, projectam mudanças e pedem desejos, para que o ano novo que ai venha lhes traga alguma satisfação. Ao mesmo tempo que tentamos não nos engasgarmos com as passas projectamos os nossos anseios num" este ano é que vai ser" e bebemos para esquecer todas as más memórias que o ano trouxe.
A passagem de ano funciona muitas vezes, como uma purificação da alma, como se a partir daquela hora abandonássemos os excrementos acumulados ao longo do ano e nos tornássemos limpidos e puros para sermos conspurcados nos trezentos e sessenta e cinco dias seguintes.
Mas, acima de tudo, a passagem do ano é mais uma desculpa para uma grande festa e uma bubalheira gigantesca, que é afinal, nos dias que correm, o mais importante, pois, alegra o povo, que anda tão cabisbaixo pelo governo lhes andar a entrar no bolso, e no ano que vem os preços subirem todos, logo nos primeiros segundos.

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