Mundo pós-mundial
Passado quase uma semana da final do Campeonato do Mundo de Futebol, o mundo vai despertando lentamente para a dura realidade que é a vida fora dos estádios de futebol. Ainda o peito de Materazzi não tinha arrefecido da cabeçada que levou de Zidane, já Israel rompia pela Faixa de Gaza adentro á procura do soldado raptado pelo Hamas. No mesmo dia em que Fábio Grosso marcava o penalty decisivo que dava o tetra á Itália, o regime bizarro da Coreia do Norte fazia testes de misseis que caiam no Mar do Japão.
O mundo pós-mundial parece mais complexo que o mundo pré-mundial. Israel e o Libano estão prester a entrar em guerra, guerra essa que poderá desencadear num conflito alargado aos paises vizinhos como a Siria ou mesmo o Irão.
Em Portugal a febre da bola passou a dar lugar, pasme-se á dura realidade dos incêndios de Verão. Mal os nossos jogadores aterravam na Portela, já seis bombeiros tinham perdido a vida. Ao mesmo tempo que se debate se Scolari fica ou não fica, a Economia vai crescendo a passo de caracol, o desemprego não sobe nem desce e as greves sucedem-se.
Enquanto Figo anunciava a sua retirada da selecção nacional, o barril de petróleo mais famoso do mundo, o Brent, atingia mais máximo histórico de preço, que torna ainda mais dificil a recuperação da nossa economia.
À medida que Pauleta abandonava a equipa das quinas, José Ramos Horta era nomeado Primeiro Ministro, dando assim cobertura ás pretensões neocolonialistas australianas. Mal Cannavaro levantava a taça na cerimónia de entrega do troféu menos formal de sempre, o Supremo Tribunal Americano, o mesmo que conduziu Bush ao poder, declarava ilegal a prisão de Guantanamo, facto que George W fez ouvidos de marcador.
Enquanto os italianos festejavam efusivamente nas ruas do pais, em Valência um acidente de metro, provocou mais de 40 mortos assim como dois acidentes de avião ceifaram a vida a algumas centenas de pessoas.
Tal como as avestruzes, domingo ás dez da noite tirámos todos a cabeça de debaixo da terra e acordámos do sonho que vivemos durante um mês. O próximo é só daqui a quatro anos. esperemos que seja tempo suficiente para se olharem os problemas de frente e resolvê-los da melhor maneira.
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