Friday, March 17, 2006

Ao pé coxinho

Há dias na vida de uma pessoa em que tudo parece correr mal, em que as coisas acontecem ainda pior do que se está á espera. Ontem foi um desses dias. Começou logo ao acordar. Tinham-nos cortado o gás no dia anterior, por causa de uma fuga( a mim nunca me cheirou a gás na casa ) e de um tubo fora de prazo e por isso tive de tomar banho de água gelada. Ainda com os pêlos arrepanhados, mamei um iogurte e umas bolachas Maria e parti rumo á DGT. Foi um dia dificil de aguentar, uma vez que tinha saído no dia anterior e tinha-me deitado um bocado tarde. Tive que preencher três vezes o papel do subsidio de alimentação, porque estava sempre com erros. A gaja da Contabilidade e a chefe já se estava a passar com a situação. Saí por volta das cinco e pouco, fui comprar uma pizza congelada, por que não tenho gás para cozinhar e pela primeira vez desde que aqui estou, adormeci no metro.
Telefonei para a minha prima brasileira por volta das oito, para combinar a que horas é que passávamos em casa da amiga dela para beber as caipirinhas que elas tinham dito que faziam no dia anterior" Eu agora tou no Shopping, depois te telefono", respondeu-me ela.
Fui buscar o Pire pra ir jogar futebol e ficámos atascados no trânsito a partir de Entrecampos, algo de bastante raro áquela hora da noite. Apanhei o Piruças ás nove e um quarto, meia hora depois do combinado. Durante o jogo fiz um entorse, e agora é como se só tivesse um pé. Depois de sair do pavilhão começou a chover copiosamente. Fomos a casa do Pire, onde esperámos pelas brasileiras mas a minha prima não me disse nada. Atordoado sai de casa dele ao pé coxinho e cheguei a minha casa ao pé coxinho e apanhar chuva na tola. Nem gelo posso pôr, porque a porta do congelador está estragada. À noite não consegui dormir graças ao barulho estridente dos pingos de chuva a bater na roldana metálica da persiana.
Desta merda toda há pelo menos uma coisa positiva. Hoje não vou trabalhar.

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