Rodrigues e os Gauleses
Quem teve a felicidade de não assistir ao Portugal-França de futebol de praia, esta tarde, terá perdido concerteza uma das maiores cenas de bergalhada de que há memória no desporto português.
Estava o jogo, seis a dois a favor de portugal, quando num canto, e quando os ânimos já estavam ao rubro, devido á atitude insolente e de mau perder dos franceses, um jogador francês com nome italiano manda uma solha na cara do pobre Rodrigues, guarda-redes suplente da selecção nacional, que tinha acabado de entrar, nem há dois minutos. Nisto, Rodrigues responde com uma cotovelada, que a acerta de raspão no francês. Irritado, o gaulês empertiga-se e manda uma cuspidela na fronhas de Rodrigues que retribui o gesto, com uma cuspidela também, que acerta na parte de trás do seu adversário.
A partir daqui foi o pandemónio. Outro jogador francês dirigi-se á zona do conflito e manda uma patada em Rodrigues, que de pronto é protegido pelos seus companheiros e pelo árbitro da partida. Toda a confusão teve sempre o epicentro em Rodrigues. O franzino guarda-redes francês arma-se em John Rambo e começa a bater em toda a gente. O areal, transformou-se num batatal onde murros esvoaçavam perdidos e seguranças e jogadores portugueses tentavam acalmar os furibundos franceses, que não conseguiram conter a humilhação de estarem a ser vulgarizados por Portugal em campo, transformando-a numa raiva visivel e irracional.
Eric Cantona, antiga estrela de futebol habituada a estas lides, parecia uma barata tonta no meio do batatal. Nas bancadas, os espectadores assistiam incrédulos. Os telespectadores ficaram incrédulos.
A raiva acalmou e o jogo reatou-se. Rodrigues e o francês da cuspidela foram expulsos. Quando o jogo acabou, os jogadores, incrédulos, cumprimentaram-se amigavelmente.
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